Cachaça Havana, 81 anos de história

Anísio Santiago
Anísio Santiago (1912-2002), o lendário fundador da cachaça Havana.

Tradicionalmente a produção de cachaça na região de Salinas se inicia no mês de maio e se estende até dezembro. O solo e clima da região propicia a produção de cachaça em fazendas escondidas em colinas e serras da região. Nas últimas décadas a cachaça de Salinas alcançou tamanha projeção que é reconhecida como a “Capital Mundial da Cachaça de Alambique“. O município virou sinônimo de cachaça e faz parte da história da cachaça brasileira. Recentemente ganhou um museu da cachaça construído pelo governo de Minas Gerais. Tem, ainda, um festival anual de cachaça que atrai grande número de turistas ávidos por degustar as mais de sessenta marcas ali produzidas. Atualmente, o agronegócio da cachaça em Salinas já representa cerca de um terço da economia do município.

Em maio ao se iniciar a produção nas fazendas da região, uma terá motivo especial para comemorar: a fazenda Havana, que fica no sopé da Serra dos Bois, entre os municípios de Salinas e Novorizonte. A produção de cachaça na fazenda teve início em 1943 e, desde então, de forma ininterrupta, nunca deixou de produzir. A fazenda Havana se transformou numa espécie de reduto sagrado da cachaça brasileira. Dali sai a marca de cachaça mais antiga de Salinas e região: a Havana. A projeção nacional e internacional da cachaça de Salinas teve início nesta fazenda de propriedade do produtor Anísio Santiago (1912-2012). A cachaça de Anísio Santiago fez tanto sucesso que estimulou outros fazendeiros seguirem o mesmo caminho.

Garrafa especial comemorativa 80 anos.

Em oitenta e um anos de produção de cachaça, o produtor Anísio Santiago criou método de alambicagem e envelhecimento da cachaça Havana, agora também com a marca Anísio Santiago, até hoje não decifrado pelos concorrentes. E, mais, se tornou numa das marcas de cachaça mais caras e cobiçadas do país. Ainda assim, a produção continua restrita. A família de Anísio Santiago vem mantendo o mesmo método de fabricação forjado pelo patriarca. As marcas de cachaça Havana e Anísio Santiago são exemplo de sucesso. A longevidade da produção é prova inconteste disso. Bom para Salinas e para a cachaça brasileira. Marcas históricas como a Havana são importantes para o agronegócio da cachaça no Brasil, sendo referência para outros produtores. Ao longo oitenta anos produção a cachaça Havana vem demonstrando que é possível fazer sucesso, ainda que a estrutura de produção seja pequena e que o alambique esteja instalado longe dos lugares de consumo.

Cachaça Havana
Cachaça Havana-Anísio Santiago é destaque na literatura da cachaça.

A marca é reconhecida no país e no exterior como um das mais tradicionais marcas de cachaça do Brasil. É apreciada por degustadores, especialistas e personalidades somente em determinadas ocasiões. É guardada como se fosse um tesouro dada a sua preciosidade. Centenas de reportagens em jornais, livros, mídia eletrônica e revistas em diversas épocas, vem registrando o feito histórico da cachaça Havana.

Osvaldo M. Santiago, produtor da Cachaça Havaninha e filho de Anísio Santiago, comenta:

 
“A tradição e qualidade da cachaça Havana-Anísio Santiago permanecem. Sabemos da importância histórica da cachaça produzida em nossa fazenda. Não abrimos mão do legado deixado pelo nosso pai. Buscamos o centenário da nossa cachaça com esmero e capricho. Muita gente não entende, mas não buscamos riqueza. A fazenda Havana continua do mesmo jeito que ele deixou”.
 
 
O jornalista Sidnei Mashio recentemente fez belo artigo sobre a fazenda Havana intitulado “Entramos no santuário da Havana” onde diz que o universo da cachaça tem duas histórias distintas: uma antes e outra depois da fazenda Havana. Preservar a fazenda é manter intacta parte da história da cachaça brasileira. É com esse espírito de preservação histórica que a cachaça Havana vem se mantendo no tempo e no espaço em busca do seu centenário. O tempo virou companheiro inseparável dessa magnífica marca de cachaça produzida com esmero e capricho na fazenda Havana, motivo de orgulho do povo de Salinas. O produtor Anísio Santiago faleceu em 2002 aos noventa e um anos, mas o seu feito continua sendo perpetuado pelos  filhos. Um exemplo de empreendimento familiar que se perpetua ao longo do tempo num país em que a maioria das empresas fecham no primeiro ano de funcionamento.
 
O blog Cachaças de Salinas parabeniza a família de Anísio Santiago. Afinal, oitenta anos de produção é um feito espetacular que merece registro e comemoração. Deus protege quem trabalha e produz com honestidade.
 
Leia alguns depoimentos extraídos do livro O Mito da Cachaça Havana-Anísio Santiago (autoria do editor deste blog), que conta a saga da marca:
 
DEPOIMENTOS
 
Historicamente, Anísio Santiago trouxe fama e prestígio para a cachaça de Salinas através da Havana. É um dos maiores patrimônios culturais da nossa terra.” (JOSÉ ANTÔNIO PRATES, ex-prefeito de Salinas).
 
A fama da Havana atraiu para Salinas a atenção do Brasil e do mundo. A capital da cachaça tem o dever de reconhecer o seu maior benfeitor.” (ISRAEL PINHEIRO FILHO, engenheiro, político e filho de Israel Pinheiro, ex-governador de Minas Gerais).
 
São poucos os produtores de cachaça no Brasil que conseguem manter a tradição e qualidade. Anísio Santiago soube produzir sem fazer concessões para o mercado e as tentações de aumentar o volume de produção.” (MAURÍCIO MAIA, cachacier).

Anísio Santiago é referência aos produtores de Salinas, pois viam nele um expoente no processo de produção de cachaça artesanal de qualidade.” (ANTÔNIO EUSTÁQUIO RODRIGUES, produtor de cachaça em Salinas sob as marcas Boazinha, Saliboa e Seleta).

A cachaça Havana é a Ferrari das caninhas.” (MILTON LIMA, cachacier e estudioso da cachaça).

 
Cachaça Anísio Santiago
Ícone da cachaça artesanal brasileira.
Fazenda Havana
Fazenda Havana.

História de Noé Santiago contada em livro

Capa livro Noe Santiago
Capa do livro.

O livro “Noé Santiago: política, cachaça e legado” (São Paulo: Lura  Editorial, 2017, 184 páginas) aborda a história familiar e política do fundador da cachaça Canarinha, produzida em Salinas e considerada uma das mais famosas marcas artesanais do mercado brasileiro.

A autora do livro é Pérola Oliveira Santiago, neta de Noé Santiago. Pesquisou e escreveu o livro nos brindando com relatos da epopeia de sua família. É raro alguém escrever sobre a vida de pessoas que fizeram uma história local e que deram grande contribuição em prol do desenvolvimento do seu lugar, sua terra.

Pérola Santiago ousou fazer isso. O livro narra trajetória de vida do seu avô Noé Santiago Soares. A atitude e iniciativa da jovem escritora serve de inspiração para que outras pessoas pesquisem e, se possível, escrevam livros sobre suas famílias.

Registrar a história de pessoas é preservar a memória, a identidade e a cultura local. Não se vive no país ou estado, mas no município, seja na zona rural ou na cidade. E poucas pessoas percebem, infelizmente. É no município que criamos nossa história de vida, nossa cultura.

O salinense Noé Santiago Soares nasceu no dia 28 de agosto de 1939, na fazenda Águas Belas no sopé da Serra dos Bois, zona rural de Salinas, sendo filho de João Batista Soares e Santinha Santiago.

Ainda jovem, aprendeu vários ofícios. O principal deles foi ser alambiqueiro. Aprendeu com o tio Anísio Santiago na fazenda Havana que faz confinância com a fazenda Águas Belas. Noé Santiago

Em 1963, aos 24 anos, casou-se com Maria Vilma Soares Almeida. Teve cinco filhos: Eilton, Denilson, Djalda, Rosemeire e Sônia.

Em 1972, com perspectiva de criar novos horizontes, se mudou com a família para o povoado de Nova Matrona, zona rural de Salinas. Em pouco tempo se tornou uma espécie de líder dos moradores do povoado. Tanto, que em 1977 se lançou na política no cargo de vereador e o foi até 1986, por quatro legislaturas consecutivas.

Em 1988 lançou no mercado a cachaça Canarinha. Logo fez sucesso e ainda hoje figura no rol das importantes marcas de cachaça de Salinas, sempre aparecendo com destaque em rankings de cachaça em nível nacional.

Canarinha
Cachaça Canarinha, uma das mais famosas do Brasil.

Inesperadamente Noé faleceu em 2008 aos 69 anos. Deixou lacuna difícil de ser preenchida. Mas deixou um legado de vida. É exemplo a ser seguido pois em vida praticou a bondade e amizade com as pessoas que o cercavam. Pessoa integra, foi líder político local que procurava atender anseios do seu povo, carente de recursos de toda ordem. Foi empresário rural que deixou seu nome na história da cachaça de Salinas com a sua famosa cachaça Canarinha.

Perola Santiago
Pérola Santiago, autora do livro.

Finalizando, o blog Cachaças de Salinas parabeniza a jovem escritora Pérola Santiago pelo belo livro que escreveu com emoção e paixão, sem medo de se expor. É preciso coragem para escrever, pois fica registrado para a posteridade. Espero que este livro seja o primeiro de uma série de outros.

Obrigado prima Pérola pelo exemplar do livro com bela dedicatória. Retribuo o carinho com este artigo no blog divulgando seu livro.

O lendário Anísio Santiago

O blog Cachaças de Salinas não poderia deixar passar em branco a data de nascimento de Anísio Santiago que se comemora no dia 2 de fevereiro. É reconhecido como o mais emblemático produtor de cachaça da história do Brasil. A trajetória histórica do lendário produtor das cachaças Havana & Anísio Santiago é interessante sob todos os aspectos. Em vida foi uma lenda tal o respeito e admiração pela cachaça que produzia. Mesmo após sua morte em 2002, o seu legado continua. Pode-se afirmar que a história da cachaça brasileira se refere a antes e depois de Anísio Santiago.

Por Roberto Carlos Morais Santiago

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Anísio Santiago, ícone da cachaça brasileira.

Se estivesse vivo Anísio Santiago faria 109 anos de vida no dia 2 de fevereiro. A data é digna de registro e comemoração pois se trata do maior personagem da história da cachaça bebida brasileira.

A trajetória de vida de Anísio Santiago transcendeu os limites da sua amada Salinas. Com seu jeito peculiar e simplicidade extrema soube forjar marca cachaça icônica: a Havana & Anísio Santiago, cujo método de produção e envelhecimento, ainda mantido pelos seus sucessores, tem sido referência em todo o país.

Historicamente a cachaça no Brasil tem seu marco entre antes e depois de Anísio Santiago. É praticamente impossível discutir o assunto cachaça sem tecer o seu nome e o legado que deixou.

A família de Anísio Santiago surgiu no município norte-mineiro de Salinas no ano de 1898, final do século XIX através do seu pai José Santiago (1873-1944).

Filho de Justino Santiago e Anna Maria de Jesus, José Santiago nasceu na histórica Diamantina, localizada no Alto Jequitinhonha, Minas Gerais. Ainda jovem, em 1894, José Santiago foi estudar medicina em Salvador. Por razões desconhecidas desistiu do curso no segundo ano. Segundo Arlindo Santiago (1909-2011), filho de José Santiago, o motivo da desistência foi a Guerra de Canudos (1896-1897), ocorrida no interior da Bahia que mobilizou milhares de soldados do governo federal para combater o temido Antônio Conselheiro e seus seguidores. Em dois anos de conflito milhares de pessoas morreram.

Retornando para Minas Gerais, José Santiago foi morar e trabalhar como professor na cidade de Medina, no Vale do Jequitinhonha. Ali conheceu a baiana Virginia Celestina (1882-1965), natural de Urandi, com quem se casou em 1896.

Em 1898 mudou-se com a esposa para Salinas também para trabalhar como professor. A convite de um amigo foi lecionar no povoado de Lagoinha, zona rural do município, isso no ano de 1900. O povoado de Lagoinha, naquela época, tinha importância estratégica tendo em vista que era parada obrigatória de pessoas e transportadores de mercadorias em mulas entre Salinas e Montes Claros. Era um povoado promissor.

Em 1903 adquiriu a fazenda Bonfim, próxima ao povoado onde fixou moradia, tornando-se também produtor rural. José Santiago foi pessoa muito assediada na região pelo fato de ter conhecimentos de medicina. Assim, em pouco tempo tornou-se uma espécie de líder do povoado de Lagoinha e região.

Da união de José Santiago e Virginia Celestina surgiu prole numerosa, fato muito comum na estrutura familiar brasileira do início do século XX. Foram doze filhos: Antônio Santiago (1897-1950), Maria Santiago (1899-1953), Leôncio Santiago (1901-1945), Silvio Santiago (1912-1986), Santinha Santiago (1908-2001), Arlindo Santiago (1909-2011), Anísio Santiago (1912-2002), José Elzito Santiago (1915-1945), Anita Santiago (1913), Osvaldina Santiago (1917-2016) e Osvaldir Santiago (1919-2007). Dos doze filhos, somente o primogênito Antônio Santiago nasceu em Medina sendo que os demais em Salinas.

José Santiago veio a falecer em 1944, aos sessenta e sete anos e a sua esposa, Virginia Celestina em 1965, aos oitenta e três anos. Foram precursores da família Santiago em Salinas, cujo tronco da árvore genealógica tem origem na região de Diamantina.

Da prole numerosa de José Santiago o destino reservou ao sétimo filho, Anísio Santiago, trajetória de vida que o tornaria parte da história de Salinas e da cachaça no Brasil. Nasceu no dia 12 de fevereiro de 1912, na fazenda Bonfim, zona rural de Salinas. Ali cresceu e viveu sua infância e adolescência ao lado dos pais e irmãos.

Aos doze anos de idade, escondido do pai, experimentou beber cachaça pela primeira vez. Não gostou. Desde então jamais bebeu cachaça em toda a sua vida. Entretanto, quis o destino que a cachaça tivesse importância fundamental em sua vida.

O jovem Anísio Santiago aprendeu vários ofícios. Foi carpinteiro, tropeiro, comerciante, motorista e fazendeiro. Como tropeiro transportou mercadorias em mulas entre Salinas e Montes Claros na década de 1930.

De tropeiro tornou-se motorista de um Ford F-8, que adquiriu no final da década de 1930. Foi um dos primeiros motoristas da região de Salinas e foi testemunha ocular da modernidade que aos poucos chegava através das estradas empoeiradas e esburacadas.

Em 1937, aos 25 anos, se casou com Adélia Mendes (1916-2007) então com 21 anos de idade. Deixou o povoado de Lagoinha e fixou residência na cidade de Salinas, onde continuou a exercer as atividades de comerciante e motorista.

Alguns anos depois, em 1942, comprou a fazenda Havana que pertencia a viúva de João Soares, Maria Virgínia Soares, localizada no sopé da Serra dos Bois, distante doze quilômetros da sede do município. Para lá mudou com a esposa no ano seguinte. Iniciava-se nova fase na vida do jovem Anísio Santiago.

Em 1943, estabelecido definitivamente na fazenda Havana, iniciou produção de cachaça em pequeno pequeno alambique que já existia na fazenda dos antigos proprietários. Em pouco tempo a produção de cachaça se tornou na principal atividade econômica. A produção era vendida a granel. Somente em  1946 constituiu empresa e passa a identificar seu produto através da marca Havana – mesmo nome da fazenda – que é reconhecida como pioneira na região de Salinas. Até então os produtores do município e região produziam e vendiam cachaça a granel aos comerciantes e tropeiros da região desde o final do século XIX quando surgiram os primeiros alambiques.

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Primeira marca de cachaça da região de Salinas lançada em 1946.

Em 1947, em parceria com o irmão Sílvio Santiago e o amigo Aníbal Gonçalves das Neves, comprou caminhão Chevrolet Lordmaster, importado dos Estados Unidos. Ele próprio foi ao Rio de Janeiro buscar o veículo. Da então Capital Federal até o município mineiro de Corinto o caminhão foi transportado em trem-de-ferro. Daí até Salinas por estrada de rodagem. Logo comprou as partes do irmão e do amigo Aníbal.

Com o caminhão comercializava sua cachaça em Salinas e região norte-mineira além do sul da Bahia. Como produzia cachaça de qualidade logo foi adquirindo fama junto ao consumidor. O fato de ser conhecido por onde passava, uma vez que fora tropeiro e motorista de caminhão a partir da década de 1930, facilitava o comércio de seu produto com a entrega “in loco“. Este fato não acontecia com outros produtores de Salinas.

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Caminhão Chevrolet Lordmaster 1947, de Anísio Santiago. Encontra-se preservado na fazenda Havana em Salinas.

Anísio Santiago teve dois fatores decisivos na divulgação do seu produto: a marca Havana (pioneira na região de Salinas) e o caminhão que transportava a bebida diretamente ao consumidor. Com isso saiu na frente dos produtores que comercializam o seu produto a granel.

Na década de 1960, vários produtores de Salinas começaram a identificar o seu produto por meio de marcas, de olho no sucesso da cachaça de Anísio Santiago. Viam nele uma referência no processo de produção de cachaça de qualidade através da cachaça Havana que vinha tendo grande aceitação na região e a sua fama estava ultrapassando fronteiras.

Em função disso logo surgiram várias marcas como a Piragibana, do produtor Ney Corrêa; a Indaiazinha, do produtor Waldete Romualdo; a Seleta, do produtor Miguelzinho de Almeida; a Teixeirinha, do produtor Felismino Teixeira; a Asa Branca, do produtor Juventino Queiroz; a Sabiá, do produtor Juca Marcolino; a Estrela do Norte, do produtor Purdêncio Francisco dos Santos; e a Pulusinha, do produtor Narciso Dias Corrêia, dentre ouras.

Com isso, Salinas foi aos poucos preenchendo lacuna no mercado de cachaça deixado pelos produtores de Januária. Na década de 1970, Salinas foi se impondo regionalmente como grande produtora de cachaça. O clima, solo e a variedade de cana Java que se adaptou muito bem ao clima da região, foram fatores determinantes em todo o processo. Outro fator determinante que favoreceu o surgimento de novas marcas em Salinas foi a decadência da cadeia produtiva de cachaça na região de Januária na década de 1960, em razão de ação gananciosa dos produtores que não souberam manter a qualidade e tradição da cachaça ali produzida. Até então as marcas de Januária gozavam de alto conceito junto ao consumidor na região norte-mineira e em todo o Brasil.

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Na década de 1990, a cachaça de Salinas passou por novo e vigoroso processo de expansão da produção culminando no aumento significativo de marcas em função da implantação do Pró-Cachaça pelo governo mineiro em 1992, visando estimular o aprimoramento da cachaça artesanal mineira. E deu certo. O Pró-Cachaça, em pouco tempo, revolucionou toda a estrutura da cadeia produtiva da cachaça artesanal produzida em todo o território mineiro. Em Salinas não foi diferente.

Atualmente existem mais de 50 marcas de cachaça produzidas no município. A produção anual já ultrapassa cinco milhões de litros por safra. Tornou-se na mais importante região produtora de cachaça artesanal de Minas Gerais e do Brasil.

O processo de diversificação da economia brasileira ao longo nas últimas décadas vem forjando e incrementando atividades econômicas de produtos típicos da cultura do Brasil no mercado com forte impacto nas economias locais. Salinas encontrou no agronegócio da cachaça uma atividade econômica que vem mudando o perfil de toda a sua economia, contribuindo para o seu desenvolvimento sócio-econômico.

Reconhecendo a cachaça como importante atividade econômica e cultural do município, o prefeito de Salinas, José Antônio Prates, assinou Decreto Municipal nº. 3.728/2006, reconhecendo a marca Havana marca ícone da cachaça salinense com o título de Patrimônio Cultural Imaterial de Salinas em razão de sua reconhecida história, qualidade e notoriedade no mercado brasileiro e no exterior. Por meio do decreto, fato inédito no Brasil, o poder executivo municipal reconheceu o feito espetacular do produtor Anísio Santiago.

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Marcas Anísio Santiago, Havaninha (esta produzida por Osvaldo M. Santiago, filho de Anísio Santiago) e Havana. Figuram entre as 50 top do Brasil segundo o II Ranking Nacional da Cúpula da Cachaça 2016.

Anísio Santiago foi um empresário local  e conquistou o mundo não por altas cifras em faturamento mas sim pela excelência de qualidade de produto que foi e continua sendo concebido por método de produção ainda não decifrado pelos produtores de Salinas e de outras regiões de Minas Gerais e do Brasil. O segredo é guardado pelos filhos e netos que vem mantendo o processo de produção pelo mesmo método de origem.

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Fazenda Havana.

Anísio Santiago ultrapassou a barreira de empresário rural norte-mineiro que deu certo. Mais que isso, se tornou no símbolo de bebida que faz parte da história brasileira desde o século XVI, na década de 1530, quando o português Martin Afonso de Souza construiu engenhos na Capitania de São Vicente para a produção de açúcar e cachaça.

A Fazenda Havana onde é produzida a bebida se tornou em espécie de reduto sagrado do universo da cachaça brasileira ao longo das últimas décadas. O jornalista paulista Sidnei Maschio diz que:

Em vários lugares ao redor do mundo as visitas exigem mesmo um ritual específico, coerente com a sacralidade que eles encerram. A Fazenda Havana está nessa lista. A propriedade poderia ser comparada a um templo pelo papel na recuperação e na divulgação das melhores qualidades da bebida genuinamente brasileira. O universo da cachaça tem duas histórias distintas, uma antes e outra depois da Havana.

Anísio Santiago em vida foi uma lenda. Transformou-se no maior ícone da história da cachaça brasileira. É impossível falar ou escrever sobre cachaça sem tecer comentário ao seu nome e ao seu feito. Recentemente tem sido lançado vários livros sobre a cachaça brasileira por várias autores. Todos tecem comentários ao seu feito. Também há inúmeras reportagens em jornais e revistas de circulação nacional.

Mesmo após a sua morte em 2002 ainda desperta curiosidade em muitas pessoas. Muito ainda se fala e escreve a seu respeito do seu legado. Deixou grande lição de vida. Demonstrou que é possível crescer e construir uma vida respeitável e obter a admiração de todos. Sempre permaneceu fiel aos seus ideais e princípios que acreditou serem verdadeiros.

Para o cachacier Maurício Maia:

São poucos os produtores de cachaça no Brasil que conseguiram manter a tradição e a qualidade que sempre marcaram as cachaças que ele produzia sem fazer concessões para o mercado e as tentações de aumentar o volume de produção em detrimento da qualidade.

Na opinião do advogado da família de Anísio Santiago, Cláudio Luiz Gonçalves de Souza, responsável pela espetacular vitória na justiça federal pelo retorno da marca Havana, a data de nascimento de Anísio Santiago:

É digna de registro e, por sua vez, deve ser eternizado como o exemplo de um homem, cidadão brasileiro que, com seu trabalho. conseguiu demarcar uma região do país, por vezes esquecida, representada pela cidade de Salinas e localidades em seu entorno, como o berço da produção da melhor cachaça do país“. Acrescenta ainda que o legado de Anísio Santiago “Permanece e, por certo, permanecerá; uma vez que seu trabalho pioneiro, realizado ao longo de várias décadas de forma incansável e com muita tenacidade fez toda uma região se tornar referência na produção de cachaça de qualidade a partir da cachaça Havana.

A seguir, vários depoimentos de degustadores e especialistas sobre o feito de Anísio Santiago no universo da cachaça brasileira.

Depoimentos

Historicamente, Anísio Santiago trouxe para Salinas fama e prestígio através da Havana. Soube valorizar a qualidade e agregar valor ao produto como nenhum outro produtor de cachaça no Brasil.” (JOSÉ ANTÔNIO PRATES, ex-prefeito de Salinas).

Os filhos e netos de Anísio Santiago estão conscientes da responsabilidade em manter a tradição e o padrão de qualidade adquirido em décadas de produção da cachaça Havana & Anísio Santiago. A família tem um compromisso moral que não abrimos mão.” (OSVALDO MENDES SANTIAGO, filho de Anísio Santiago e produtor da cachaça Havaninha. Entre 2002 e 2013 foi responsável pela produção e comercialização da cachaça Havana & Anísio Santiago).

A fama da Havana atraiu para Salinas a atenção do Brasil e do mundo. A capital da cachaça tem o dever de reconhecer o seu maior benfeitor.” (ISRAEL PINHEIRO, político, político e filho do ex-governador Israel Pinheiro).

Anísio Santiago escreveu uma grande história e se tornou uma lenda. Mas há muito mais por trás da saga da produção da cachaça Havana – Anísio Santiago. Para mim uma garrafa de Havana guarda muito mais que uma bebida rara, ela preserva história, memórias e lembranças. Na Fazenda Havana não é produzida apenas uma cachaça. É destilado um sonho, a realização e a perpetuação de um sonho muito antigo”. (JANE SALDANHA, jornalista).

Anísio Santiago é exemplo para produtores e comerciantes de cachaça do Brasil, pois representa valorização da qualidade da cachaça brasileira”. (OSWALDO BERNADINO JÚNIOR, empresário no ramo de bebidas, dono da Distribuidora Savana).

Anísio Santiago é uma lenda para nós. Do reconhecimento efetivo da Havana soube manter espírito investigativo e inovador na produção de cachaça, não se deixando deslumbrar pelo lucro que poderia ter.” (JOSÉ BONIFÁCIO DOS SANTOS, presidente da Confraria Clube da Cachaça de Brasília – DF).

Se cachaça fosse carro, a Havana seria uma Ferrari”. (MILTON LIMA, fundador do Cachaças.com e presidente da Cúpula da Cachaça).

“Há muitos anos que vários produtores se pautam pela Havana-Anísio Santiago para atingir um mais alto patamar de qualidade. Mas o mito da cachaça havana-Anísio Santiago é que confere à marca o status de ícone da cachaça brasileira.” (MAURÍCIO MAIA, cachacier, chef de cozinha e cúpulo da Cúpula da Cachaça. É autor do blog O Cachacier).

Pesquisar sobre a cachaça de Salinas, nos últimos cinqüenta anos, forçosamente incluirá a pesquisa da marca Havana. Discorrer sobre essa marca, cuja trajetória é assentada na simplicidade e no capricho quase obsessivo de seu proprietário em manter, ao longo de várias décadas, um elevado padrão de qualidade, invariavelmente requer que se teçam comentários sobre quem a idealizou, cuidou e a construiu.” (ELIAS RODRIGUES DE OLIVEIRA, mestre em Administração Rural).

Anísio Santiago ia contra as teorias de marketing. Imagine um político ou um vendedor de bugigangas rejeitar aparecer na Rede Globo? Ele não ia atrás de ninguém, as pessoas o procuravam como em romaria, tinha uma personalidade imantada. Inverteu a lógica vulgar e fez um marketing sólido, mais sólido que a nossa moeda. Apesar de ser proibido cunhar dinheiro, que é monopólio do estado, cunhou a Havana, pagando com ela seus empregados e suas compras. Anísio Santiago conseguiu ser uma lenda em vida, mesmo em cidade do interior onde os comentários são quase sempre negativos. ‘Aquele é o Anísio da Havana’, diziam orgulhosos os da terra aos amigos de fora, quando Anísio passava. A marca que criou cresceu e virou fetiche, invertendo a lógica criador criatura, pois a Havana é que era dele, sua subordinada”. (APOLO HERINGER LISBOA, escritor, médico e professor de medicina da UFMG).

A Cachaça Havana & Anísio Santiago é uma referência nacional e internacional; é um modo de fazer; um estado de arte. Daí a razão da mesma ser considerada oficialmente “Patrimônio Cultural Imaterial” do município de Salinas representando dessa forma todo o país. A Cachaça de Anísio Santiago é um ícone cujo ideal de perfeição inspira produtores de todo o país alcançar um dia.” (CLÁUDIO LUIZ GONÇALVES DE SOUZA, mestre em Direito Empresarial, professor universitário, escritor e advogado da família de Anísio Santiago).

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Refefência bibliográfica:

SANTIAGO, Roberto Carlos Morais. O Mito da Cachaça Havana-Anísio Santiago. Belo Horizonte: Cuatiara, 2006, 292 páginas.

Capa livro - O Mito da Cachaça Havana(1)
O livro O mito da Cachaça Havana-Anísio Santiago conta a saga do lendário Anísio Santiago.

Finalistas do III ranking nacional Cúpula da Cachaça

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As marcas do clã Anísio Santiago, produzidas em Salinas, entre as finalistas.

Os organizadores divulgaram as 50 marcas finalistas do III ranking Cúpula da Cachaça. Marcas de todo o país representam o que há de melhor na produção de cachaça artesanal no país. Nada menos que 12 estados brasileiros, e mais o Distrito Federal, conseguiram emplacar um rótulo entre as 50 cachaças que irão para a fase final do III Ranking Cúpula da Cachaça.

No rol das classificadas figuram 11 marcas de Minas Gerais, 22% do total. A região de Salinas, reduto importante da cachaça brasileira participa com 5 marcas entre as eleitas: Anísio Santiago/Havana, Canarinha, Havaninha, Saliníssima e Tabúa.

No final de janeiro 2018, as 50 cachaças finalistas serão ranqueadas durante a VI Cúpula da Cachaça em Analândia, SP, através de degustação às cegas da qual participam 12 membros ativos da Cúpula da Cachaça.

Marcas finalistas em ordem alfabética:

  • Anísio Santiago/Havana – Salinas/MG
  • Authoral – Brasília/DF
  • Canarinha – Salinas/MG
  • Caraçuípe Prata – Campo Alegre/AL
  • Casa Bucco Envelhecida Carvalho – Bento Gonçalves/RS
  • Cedro de Líbano – São Gonçalo Amarante/CE
  • Claudionor – Januária/MG
  • Colombina 10 anos – Alvinópolis/MG
  • Companheira Extra Premium – Jandaia do Sul/PR
  • Coqueiro Prata – Paraty/RJ
  • Da Quinta Amburana – Carmo/RJ
  • Da Quinta Branca – Carmo/RJ
  • Da Tulha Ouro – Mococa/SP
  • Engenho Pequeno – Pirassununga/SP
  • Engenho São Luís Amendoim – Lençóis Paulista/SP
  • Engenho São Luiz Extra Premium – Lençóis Paulista/SP
  • Havaninha – Salinas/MG
  • Indiazinha Ouro – Abaetetuba/PA
  • Leandro Batista – Ivoti/RS
  • Leblon – Patos de Minas/MG
  • Magnífica Carvalho – Vassouras/RJ
  • Magnífica Reserva Soleira – Vassouras/RJ
  • Matriarca Jaqueira – Caravelas/BA
  • Middas Reserva – Adamantina/SP
  • Nobre – Sobrado/PB
  • Pardin 3 Madeiras – Camanducaia/MG
  • Porto Morretes Premium – Morretes/PR
  • Princesa Isabel Aquarela – Linhares/ES
  • Princesa Isabel Jaqueira – Linhares/ES
  • Reserva do Nosco Branca – Resende/RJ
  • Saliníssima – Salinas/MG
  • Sanhaçu Freijó – Chã Grande/PE
  • Sanhaçu Umburana – Chã Grande/PE
  • Santo Grau Itirapuã – Itirapuã/SP
  • Santo Grau Solera Cinco Botas – Itirapuã/SP
  • Santo Grau Solera PX – Itirapuã/SP
  • Sebastiana Carvalho – Américo Brasiliense/SP
  • Sebastiana Castanheira – Américo Brasiliense/SP
  • Sebastiana Cristal – Américo Brasiliense/SP
  • Século XVIII Rótulo Azul – Cel. Xavier Chaves/MG
  • Serra Limpa – Duas Estradas/PB
  • Tabúa Bálsamo – Taiobeiras/MG
  • Tiê Prata – Aiuruoca/MG
  • Vale Verde 12 anos – Betim/MG
  • Volúpia Freijó – Alagoa Grande/PB
  • Weber Haus 7 Madeiras – Ivoti/RS
  • Weber Haus Amburana – Ivoti/RS
  • Weber Haus Extra Premium Lt. 48 – Ivoti/RS
  • Werneck Ouro – Rio das Flores/RJ
  • Werneck Safira Régia – Rio das Flores/RJ

Dia dos Pais com cachaças de Salinas

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Degustação de marcas de cachaça de Salinas no Center Pão em Montes Claros em homenagem ao Dia dos Pais.

De forma acertada, os produtores de cachaça de Salinas estão promovendo e divulgando suas marcas com degustação em diversas cidades mineiras e fora do estado. Uma ação simples com resultado satisfatório.

Em comemoração ao Dia dos Pais, nos dias 12 de 13 de agosto, a Apacs (Associação de Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas) está realizando degustação no Center Pão em Montes Claros, tradicional estabelecimento comercial de bebidas na cidade. O evento tem sido um sucesso, uma vez que a cachaça de Salinas desperta curiosidade e logo as pessoas querem degustar aquela marca preferida ou a mais famosa. Parabéns aos produtores pela bela iniciativa. Um brinde!

Vem aí o XVI Festival Mundial da Cachaça de Salinas!

Convite Apacs

blog Cachaças de Salinas divulga a programação do XVI Festival Mundial  da Cachaça de Salinas a ser realizado entre os dias 14 e 16 de julho 2017 em Salinas, Capital da Cachaça de Alambique. O evento é realizado pela APACS – Associação de Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas.

A Região de Salinas dezenas de produtores formalizados que produzem e comercializam mais de sessenta marcas de cachaça, algumas de renome nacional e internacional. Trata-se de uma das maiores festas etílicas do país que ocorre desde 2002.

PROGRAMAÇÃO

9 de julho

Harmonização Churrasco com Cachaça e Viola – Chef Penninha
Local: Cachaça Tabua
Ingressos limitados

10, 11 e 12 de julho

Palestras, Cursos e Dia de Campi no IFNMG – Campus Salinas

13 de julho

Jantar de negócios e Workshop com o Grupo Travessias
Loca: Lilia Buffet

14 de julho

Programação com o Grupo Travessias
Ingressos limitados.

8h – Roteiro Turístico – Museu da Cachaça
10h – Visita à Cachaça Seleta
13h – Almoço no Restaurante Sabor de Minas
14h – Visita à Cachaça Havana
19h – Abertura Oficial do XVI Festival Mundial da Cachaça de Salinas
21h – Praça de alimentação: Gastronomia e Cozinha – Show com Chefs renomados
22h – Praça de alimentação: Show com Cowboy Estradeiro
00h – Show com Cidade negra – Entrada franca

15 de julho

Programação com o Grupo Travessias
Ingressos limitados.

9h – Roteiro Turístico – Cachaça Saiá
12h – Almoço e visita à Cachaça Tauba
15h – Visita à Cachaça Canarinha
19h – Stands com degustação e vendas
20h – Praça de alimentação: Gastronomia e Cozinha – Show com Chefs renoamdos
21h30 – Praça de alimentação: Show com Breno Barreto
00h – Show com Neto LX – Entrada franca

16 de julho

10h – Feira de artesanato e comidas típicas – Museu da Cachaça de Salinas
19h – Stands com degustaçaõ e vendas
20h – Praça de alimentação: Gastronomia e Cozinha – Show com Chefs renomados
21h30 – Praça de alimentação: Show com João Vitor e Matheus
00h – Show com Marília Celícia e Rodolfo – Entrada Franca

O contato com a APACS (organizador):

Telefone: +55 (38) 3841-3431
E-mail: contato@regiaodesalinas.com.br

Cachaça Saliníssima faz parte de roteiro de cultura e gastronomia em Salinas

SaliníssimaFazenda Matrona, produtora da marca, será visitada durante o XVI Festival Mundial da Cachaça de Salinas.

Conhecida como a capital mundial da cachaça, com mais de 60 marcas e produção anual de cerca de 5 milhões de litros, a cidade de Salinas, região norte de Minas Gerais, consolidou-se como referência nacional na produção de cachaça artesanal, tornando assim o conhecido Festival Mundial de Cachaça de Salinas um dos principais eventos do setor.

Aproveitando o festival, que acontece entre 14 e 16 de julho, os idealizadores do Travessias Brasil, projeto que elabora roteiros de viagens sensoriais exclusivas para inspirar a valorização do país, criaram um roteiro especial que une as festividades a visitas a locais importantes na cidade, entre eles engenhos, tanoaria e Museu da Cachaça.

No roteiro está a Fazenda Matrona, que tem como principal atividade, desde 1955, a elaboração de cachaças e rapaduras e produz hoje as cachaças Saliníssima e Tabúa. No local, além de almoço com comida típica, haverá oficina sobre o envelhecimento de madeiras e degustação guiada pelos especialistas e idealizadores do projeto Isadora Bello Fornari e Maurício Maia.

O itinerário prevê ainda visita ao XII Festival Mundial da Cachaça de Salinas, ao Museu da Cachaça e IFNMG (Instituto Federal do Norte de Minas), e ao alambique das cachaças Havana & Anísio Santiago, tradicionalíssimas marcas de Salinas e do Brasil.

Em sua décima sexta edição, neste ano, o Festival Mundial da Cachaça de Salinas trará, entre outras novidades, cinco chefs de cozinha mineiros que ficarão responsáveis por levar a alta gastronomia para a praça de alimentação do evento. São eles, Flávio Trombino (Xapuri), Guilherme Melo (Hermengarda), Edson Puiati (consultor e professor), Jaime Solares (Borracharia Gastrobar) e Rodolfo Mayer (Angatu). O XVI Festival Mundial da Cachaça de Salinas é uma realização da APACS (Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas) em parceria com a Prefeitura Municipal de Salinas. Um brinde!

Carta de Cachaça de Milton Lima tem 3ª edição

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Carta de Cachaça de Milton tem versão luxuosa em formato de livro.

O especialista em cachaça Milton Lima, da Cachaçaria Macaúva, de Analândia (SP), lançou nacionalmente, dia 20/05/2017, sua 3ª edição luxuosa de Carta de Cachaças versão 2017. Uma maravilha de trabalho com 39 marcas selecionadas, sendo que seis são de Salinas: Anísio Santiago/Havana, Havaninha, Indaiazinha, Meia Lua, Saliníssima e Tabúa.

A belíssima Carta vem em formato de livro e conta com design de Luiz Arkan e edição/revisão de texto do jornalista Dirley Fernandes.

Iniciativas como esta divulga a mais genuína bebida brasileira: a cachaça, que enfim vem tendo valorização nos estratos sociais como bebida que merece ser apreciada.

Eis as 39 marcas privilegiadas que participam da Carta:

Anísio Santiago/Havana, Authoral, Bento Albino, Cabaré, Caboclinha, Caracuípe, Cedro do Líbano, Claudionor, Da Tulha, Engenho Pequeno, Engenho São Luiz, Espírito de Minas, Gogó da Gema, Havaninha, Indaiazinha, Leandro Batista, Leblon, Matriarca, Matuta, Meia Lua, Patrimônio, Perfeição, Poço da Pedra, Princesa Isabel, Reserva 51, Reserva do Nosco, Rio do Engenho, Saliníssima, Santa Terezinha, Santo Grau, Sapucaia, Sebastiana, Tabúa, Tiê, Wiba e Yaguara.

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Cachaça é o produto mais tributado no país

Tributacao cachaçaSegundo a revista InfoMoney a cachaça é o produto com maior tributação no mercado brasileiro à frente de armas, cigarros, perfumes, vodka, uísque, etc.

Assim, a cachaça artesanal que é produzida em pequena escala em fazendas por milhares de pequenos produtores acaba sendo penalizada com tamanha carga tributária. Algo precisa ser feito para reduzir essa distorção que penaliza o produtor rural. O fato em si acaba estimulando a informalidade do setor produtivo em todo o território nacional.

Salinas é um dos poucos municípios do país que ao longo dos anos vem buscando a formalidade e a excelência de sua cachaça comercializada sob mais de sessenta marcas, algumas de renome nacional e internacional.

A seguir, tabela com os dez produtos com maior incidência tributária:

ORDEM

PRODUTO

% TRIBUTAÇÃO

Cachaça

81,87%

Casaco de pele

81,86%

Vodka

81,52%

Cigarro

80,42%

Perfume importado

78,99%

Caipirinha

76,66%

Vídeo Game

72,18%

Revólver

71,58%

Perfume nacional

69,13%

10º

Motos acima de 250cc

64,64%

Fonte: http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/consumo/noticia/6382767/produtos-que-brasileiro-mais-paga-imposto

 

Faleceu o produtor da Cachaça Indaiazinha

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Waldete Romualdo da Silva [1934-2017].

É com pesar que o blog Cachaças de Salinas informa e lamenta profundamente o falecimento de Waldete Romualdo da Silva, aos 83 anos, criador e produtor da famosa Cachaça Indaiazinha. O falecimento ocorreu em Salinas no dia 08/02/2017. O sepultamento será realizado no cemitério do povoado do Indaiá, onde nasceu em 1934, zona rural do município de Novorizonte, região de Salinas. Deixou a viúva Doralice Morais da Silva e os filhos César, Eunice, Helton, Jáder, Jarbas e Marlene; netos e bisnetos.

O universo da cachaça brasileira perde um personagem importante. Waldete Romualdo em vida foi um grande empreendedor rural. Dedicou parte de sua vida em prol da cachaça e se transformou em um dos ícones da cachaça de Salinas e do Brasil. Como excelente produtor de cachaça que foi deixou como legado uma marca de cachaça icônica reconhecida no mercado como excelente destilado: a Indaiazinha.

Lançada no mercado em 1958, a cachaça Indaiazinha se firmou ao longo de décadas como marca tradicional de Salinas. Produzida originalmente na fazenda Sobrado, próximo ao povoado do Indaiá, continua sendo produzida em pequena escala de produção e envelhecida cerca de 6 anos. Uma verdadeira iguaria para os amantes de uma boa cachaça artesanal.

No início da produção em 1958, amigos de Valdete Romualdo o acharam louco pela decisão de produzir cachaça. Até então somente haviam poucas marcas de cachaça em Salinas, a Havana (1943) do produtor Anísio Santiago, a Piragibana (1955) do produtor Nei Corrêa, dentre outras. De olho no sucesso dessas duas marcas Waldete Romualdo foi insistente e o negócio deu certo. Tanto que na primeira safra toda a produção foi vendida.

É fato incontestável que Waldete Romualdo faça parte do rol de produtores pioneiros de Salinas ao lado de Anísio Santiago, Ney Correa, dentre outros. Foram determinantes na transformação do município na mais importante região produtora de cachaça artesanal de qualidade na atualidade em todo o território brasileiro. Hoje são mais de 50 marcas e produção anual de mais de 5 milhões de litros.

O agronegócio da cachaça de Salinas é uma realidade pelo pioneirismo de produtores como Anísio Santiago, Ney Corrêa e Waldete Romualdo que acreditaram que a cachaça poderia vingar no município. Eles estavam certos. A cachaça de Salinas é hoje uma uma incrível realidade. Basta visitar os stands do Festival Mundial da Cachaça para ver o público delirar com a qualidade e requinte das garrafas expostas. Degustadores de todo o Brasil apreciam e admiram a qualidade da cachaça de Salinas.

Waldete Romualdo foi exemplo de pioneirismo e perseverança. Acreditou na cachaça como um grande negócio. Hoje figura na história de Salinas como grande personagem. O blog Cachaças de Salinas agradece pelo grande legado que nos deixou.

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Cachaça Indaiazinha, uma das mais tradicionais marcas de cachaça de Salinas.

Revista Forbes destaca a cachaça brasileira

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Capa da revista Forbes de dezembro 2016.

A tradicional revista Forbes Brasil, edição nº 47 de dezembro 2016, traz interessante reportagem sobre os 500 anos da cachaça produzida no Brasil. Sintetiza a atual realidade da bebida no mercado e aponta dois aspectos mercadológicos estratégicos: o segmento premium e o mercado internacional.

A cachaça Havana-Anísio Santiago, produzida em Salinas, é mencionada na reportagem como marca tradicional de alto prestígio e renome no mercado brasileiro. Figura entre as principais marcas premium do Brasil.

Enfim, a reportagem na revista Forbes destaca a importância da cachaça pelo alto conceito que vem conquistando junto ao consumidor, bem como sua expansão no mercado internacional. É a segunda bebida mais consumida no Brasil, atrás somente da cerveja. Há muito o que fazer para colocar a cachaça no patamar de outras bebidas. Potencial é o que não falta à mais genuína bebida brasileira. Um brinde à nossa cachaça!

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A reportagem na revista Forbes assinada pelo jornalista Alex Ricciardi.

Corrrelação de arrecadação do ICMS setor de cachaça de Salinas

Nos últimos anos o setor produtivo de cachaça do município de Salinas vem apresentando importante evolução na participação na economia local. Demonstra atitude positiva dos produtores que buscaram a formalidade. Atualmente o município possui 28 produtores formais (com registro na Junta Comercial do Estado, Ministério da Agricultura e Receitas Estadual e Federal) que produzem e comercializam mais de cinquenta marcas, algumas de renome nacional e internacional.

A planilha abaixo apresenta evolução histórica na correlação de arrecadação do ICMS do setor de cachaça com a arrecadação total no município de Salinas no período 2000-2015. Observa-se que no ano 2000 o setor de cachaça representava somente 4,11% do ICMS total arrecadado no município. Entretanto, a partir de 2006 o agronegócio da cachaça teve importante evolução na correlação indicando importante participação na economia local com reflexo na geração de renda, emprego e recurso público ao erário.

Outro aspecto importante na projeção da cachaça de Salinas na economia local foi a criação da Apacs (Associação de Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas) e o Festival Mundial da Cachaça, ambos em 2002, que muito contribui para o crescimento do setor. Salinas hoje, com orgulho, é a principal referência nacional na produção de cachaça artesanal. É exemplo a produtores de outros municípios que queiram buscar a formalidade e crescimento econômico.

MUNICÍPIO DE SALINAS

CORRELAÇÃO DE ARRECADAÇÃO ICMS CACHAÇA X ICMS TOTAL

PERÍODO 2000-2015

Valores correntes em R$

 A

B C D = (B/C)
ANO ICMS CACHAÇA ICMS TOTAL MUNICÍPIO

REL. %

2000

R$ 45.687,42 R$ 1.111.381,48 4,11

2001

R$ 72.869,01 R$ 1.488.948,85

4,89

2002

R$ 81.940,55 R$ 1.608.731,76

5,09

2003

R$ 81.383,76 R$ 1.605.423,23

5,07

2004

R$ 100.885,99 R$ 2.041.985,87

4,94

2005

R$ 196.526,96 R$ 2.007.777,37

9,79

2006

R$ 693.638,12 R$ 2.196.768,07

31,58

2007

R$ 1.042.888,78 R$ 2.644.574,52

39,44

2008

R$ 1.091.312,78 R$ 3.536.369,01

30,86

2009

R$ 1.109.027,27 R$ 3.671.919,13

35,63

2010

R$ 1.318.278,58 R$ 3.997.970,43

32,97

2011

R$ 1.457.850,04 R$ 4.591.962,11

31,75

2012

R$ 1.387.223,14 R$ 5.262.402,02

26,36

2013

R$ 1.498.256,32 R$ 5.054.490,21

29,64

2014

R$ 1.181.446,91 R$ 5.550.945,90

21,28

2015 R$ 2.985.935,83 R$ 6.416.850,82

46,53

Fonte: SEF/MG.

13 de setembro, dia Nacional da Cachaça

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Hoje, dia 13 de setembro, comemora-se o Dia Nacional da Cachaça. Data símbolo da mais genuína bebida brasileira: a cachaça. Sua produção vem desde o século XVI, e desde então se espalhou por todo o território brasileiro participando do folclore e da cultura brasileira.

O município de Salinas, localizado na mesorregião Norte de Minas, destaca-se nacionalmente como principal referência na produção com mais de sessenta marcas, algumas de renome nacional e internacional.

Um brinde aos produtores de todo o Brasil que buscam manter a tradição da cachaça, uma riqueza econômica e cultura que merece todo o nosso respeito.

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Rótulos de cachaça de Salinas.

Revista da Cachaça

DSC_0031O blog Cachaças de Salinas recebeu em primeira mão a edição nº 4 (junho 2016) da “Cachaça em Revista”, publicação oficial da Cúpula da Cachaça que traz excelentes reportagens sobre o universo da cachaça.

Traz ainda, os bastidores  e o resultado do II Ranking Nacional da Cúpula da Cachaça com as 50 melhores marcas do país.

Quatro marcas de Salinas figuram no ranking: Anísio Santiago/Havana (10º lugar), Havaninha (19º lugar), Canarinha (20º lugar) e Indaiazinha (32º lugar).

Parabéns aos Cúpulos pela belíssima revista que vem dando sua contribuição em prol da mais genuína brasileria: a cachaça, colocando-a em seu devido lugar, ou seja, na prateleira de cima das melhores bebidas do país e do mundo.

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Festa da cachaça em Salinas

festival-mundial-da-cachaça-de-salinasUma das mais tradicionais e importante festas etílicas do país aconteceu em Salinas, a meca da cachaça artesanal de qualidade, nos dias 15 a 17 de julho deste mês.

Milhares de visitantes puderam degustar dezenas de marcas da mais genuína bebida salinense e brasileira: a cachaça, além de ter aquele dedinho de prosa com os produtores. Estima-se que muitos negócios foram realizados com os produtores.

O Festival Mundial da Cachaça de Salinas ocorre desde 2002. Divulga e fortalece a imagem da cachaça produzida em Salinas e região. A produção anual gira em torno de cinco milhões de litros comercializada sob mais de 60 marcas, algumas de renome nacional e internacional. A atividade econômica já representa cerca de um terço da economia do município de Salinas com forte impacto na geração de emprego direto e indireto, além de possibilitar geração de renda aos produtores e impostos ao erário.

O blog Cachaças de Salinas parabeniza os organizadores (Apacs, produtores e patrocinadores) pela belíssima festa. Um brinde!

 

XV Festival Mundial da Cachaça de Salinas

XV Festival da Cachaça de Salinas

O blog Cachaças de Salinas informa que nos dias 15 a 17 de julho 2016 será realizado o XV Festival Mundial da Cachaça de Salinas.

O Festival é um evento anual que ocorre desde 2002 com objetivo em divulgar o agronegócio da cachaça produzida na região de Salinas. A produção gira em torno de cinco milhões de litros comercializados sob mais de sessenta marcas, algumas de renome nacional e internacional.

Salinas possui a maior concentração de marcas de cachaça em todo o território nacional, sendo considerado atualmente o berço da cachaça artesanal no país.

Para maiores informações, o interessado em participar do evento deve entrar contato com a Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (APACS):

  • Telefone: (38) 3841-3431
  • Email: contato@apacs.com.br

Pescaria nos Estados Unidos com Anísio Santiago e Havaninha

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Foto de Rogério Dias/Warroad, Minnesota, EUA.

O engenheiro paulista Adriano Maltoni com alguns amigos foram curtir o inverno e fazer uma pescaria em lago congelado na pequena cidade de Warroad, que fica no município de Roseau County, Minnesota, Estados Unidos, próximo à divisa com o Canadá. Levaram as cachaças Anísio Santiago e Havaninha para suportar o rigoroso inverno e alegrar a pescaria. Segundo Adriano, os amigos ficaram maravilhados com a qualidade das duas marcas de Salinas. Na próxima aventura decidiram que não vai faltar nem Anísio Santiago nem Havaninha. Um brinde!

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Foto de Rogério Dias/Warroad, Minnesota, EUA.

II Cúpula da Cachaça 2016 elege as 50 melhores marcas de cachaça do Brasil

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Fotos: Tiago Queiroz/Estadão.

O jornal Estadão (Caderno Paladar) divulga as 50 melhores marcas de cachaça do país em disputadíssimo II Ranking Nacional da Cúpula da Cachaça 2016 vencida pela paranaense Porto Morretes Premium.logo-ranking-II

De Minas Gerais, 15 marcas figuram entre as marcas participando com 30% do total.

De Salinas, maior concentração de marcas de cachaça do país, 4 marcas figuram no rol das eleitas: Anísio Santiago/Havana (10º lugar), Havaninha (19º lugar), Canarinha (20º lugar) e Indaiazinha (32º lugar).

Veja reportagem completa como foi realizado o ranking e as eleitas por ordem de classificação no link: http://paladar.estadao.com.br/noticias/bebida,conheca-as-50-melhores-cachacas-do-brasil,10000013706.

ESTAS SÃO AS 50 MELHORES CACHAÇAS DO BRASIL 

II RANKING CÚPULA DA CACHAÇA 2016

  • 1º Porto Morretes Premium, de Morretes (PR), envelhecida 3 anos no carvalho.
  • 2º Reserva do Gerente Carvalho, de Guarapari (ES), envelhecida 5 anos no carvalho.
  • 3º Companheira Extra Premium, de Jandaia do Sul (PR), envelhecida 8 anos no carvalho.
  • 4º Sanhaçu Umburana, de Chã Grande (PE), envelhecida 2 anos na amburana.
  • 5º Reserva 51, de Pirassununga (SP), envelhecida 3 anos no carvalho.
  • 6º Leblon Signature Merlet, de Patos (MG), envelhecida 2 anos no carvalho francês.
  • 7º Porto Morretes Tradição, de Morretes (PR), envelhecida 6 anos no carvalho.
  • 8º Weber Haus Extra Premium Lote 48 (6 anos), de Ivoti (RS), envelhecida 5 anos no carvalho francês + 1 ano no bálsamo.
  • 9º Da Tulha Carvalho, de Mococa (SP), envelhecida 3 anos no carvalho.
  • 10º Anísio Santiago/ Havana, de Salinas (MG), envelhecida 8 anos no bálsamo.
  • 11º Harmonie Schnaps Extra Premium, de Harmonia (RS), envelhecida 10 anos no carvalho.
  • 12º Vale Verde 12 anos, de Betim (MG), envelhecida 12 anos no carvalho
  • 13º Cedro do Líbano, de São Gonçalo do Amarante (CE), envelhecida 1 ano no carvalho americano.
  • 14º Germana Heritage, de Nova União (MG), envelhecida 8 anos no carvalho + 2 anos no bálsamo.
  • 15º Magnífica Reserva Soleira, de Miguel Pereira (RJ), envelhecida 3 anos no carvalho.
  • 16º Dona Beja Extra Premium, de Araxá (MG), envelhecida 12 anos nos carvalhos francês e português
  • 17º Mazzaropi Carvalho Francês, de São Luiz do Paraitinga (SP), envelhecida 1 ano e meio no carvalho francês.
  • 18º Bento Albino Extra Premium, de Maquiné (RS) envelhecida 6 anos no carvalho.
  • 19º Havaninha, de Salinas (MG), envelhecida 6 anos no bálsamo.
  • 20º Canarinha, de Salinas (MG), envelhecida 2 anos no bálsamo.
  • 21º Casa Bucco Ouro, de Bento Gonçalves (RS), envelhecida 6 anos no carvalho e no bálsamo.
  • 22º Reserva do Nosco Ouro, de Resende (RJ), envelhecida 4 anos no carvalho francês.
  • 23º Áurea Custódio, de Ribeirão das Neves (MG), envelhecida 3 anos no carvalho.
  • 24º Canabella Ouro, de Paraibuna (SP), envelhecida 2 anos no jequitibá + 1 ano na castanheira + 6 meses na amburana.
  • 25º Weber Haus Amburana, de Ivoti (RS), envelhecida 1 ano na amburana.
  • 26º Weber Haus Premium Carvalho Cabriúva, de Ivoti (RS), envelhecida 1 ano no carvalho + 1 ano no bálsamo.
  • 27º Werneck Ouro, de Rio das Flores (RJ), envelhecida 2 anos no carvalho.
  • 28º Magnífica Carvalho, de Miguel Pereira (RJ), envelhecida 2 anos no carvalho.
  • 29º Maria Izabel Carvalho, de Paraty (RJ), envelhecida 1 ano no carvalho.
  • 30º Santo Grau PX, de Itirapuã (SP), envelhecida em carvalho americano (soleira).
  • 31º Da Quinta Amburana, de Carmo (MG), envelhecida 1 ano na amburana.
  • 32º Indaiazinha, de Salinas (MG), de 8 anos no bálsamo.
  • 33º Engenho Pequeno, de Pirassununga (SP), envelhecida 2 anos no jequitibá.
  • 34º Espírito de Minas, de São Tiago (MG), envelhecida 2 anos no carvalho e no jequitibá.
  • 35º Vale Verde Extra Premium, de Betim (MG), envelhecida 3 anos no carvalho.
  • 36º Sebastiana Castanheira, de Américo Brasiliense (SP), envelhecida 1 ano na castanheira.
  • 37º Claudionor, de Januária (MG), envelhecida 1 ano na amburana.
  • 38º Reserva do Nosco Prata, de Resende (RJ), armazenada em inox.
  • 39º Werneck Safira Régia, de Rio das Flores (RJ), envelhecida 3 anos no carvalho.
  • 40º Sapucaia Reserva da Família, de Pindamonhangaba (SP), envelhecimento 10 anos no carvalho.
  • 41º Santo Grau Paraty, de Paraty (RJ). Não passa por madeira
  • 42º Santo Grau Cel Xavier Chaves, de Cel. Xavier Chaves (MG), envelhecida 6 meses em tanque de pedra.
  • 43º Mato Dentro Prata, de São Luiz do Paraitinga (SP), envelhecida 1 ano no amendoim.
  • 44º Coqueiro Prata, de Paraty (RJ), envelhecida 2 anos no amendoim.
  • 45º Sanhaçu Freijó, de Chã Grande (PE), envelhecida 2 anos no freijó.
  • 46º Caraçuípe Ouro, de Campo Alegre (AL), envelhecida 1 ano e meio no carvalho.
  • 47º Harmonie Schnaps Prata, de Harmonia (RS). Armazenada 6 meses em inox.
  • 48º Authoral, de Brasília (DF), armazenada em carvalhos francês e americano, bálsamo e cerejeira (soleira)
  • 49º Serra Limpa, de Duas Estradas (PB), Armazenada 6 meses em freijó.
  • 50º Germana, de Nova União (MG), envelhecida 2 anos no carvalho francês.

__________

Fonte: II Cúpula da Cachaça 2016.

 

APACS muda-se para o Museu da Cachaça de Salinas

Apacs no Museu da Cachaça

A Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (APACS) funciona agora dentro do Museu da Cachaça de Salinas que fica na Av. Antônio Carlos, 1.250, Bairro Floresta, Salinas. A loja da APACS também funciona dentro do museu permitindo maior interação do visitante com os produtores e maior facilidade de acesso às muitas dezenas de marcas produzidas no município e região.